FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO

Crescer e aparecer. FBHA lista medidas prioritárias para aumento de fluxo de turistas estrangeiros no Brasil

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No mapa do turismo mundial, compartilhado pelo site de informação de custos HowMuch, e que ajusta o tamanho dos países de acordo com o gasto anual de turistas estrangeiros dentro deles, o Brasil não está entre os campeões. Os dados usados para o cálculo são do Banco Mundial e referem-se ao ano de 2014.

Os cinco que mais recebem dinheiro dos turistas internacionais são: Estados Unidos (US$ 220,1 bilhões), França (US$ 66,8 bi), Espanha (US$ 65,1 bi), Reino Unido (US$ 62,8 bi) e China (US$ 56,9 bi). Já os países os cinco países que mais gastam com turismo estrangeiro são China (US$ 164,9 bilhões), Estados Unidos (US$ 145,7 bi), Alemanha (US$ 106,6 bi), Reino Unido (US$ 79,9 bi) e França (US$ 59,4 bi).

Para o presidente da FBHA, Alexandre Sampaio, a atual realidade “desfavorável” para o País traz em si uma grande oportunidade. “Temos a faca e o queijo na mão para reverter essa situação. Para isso, temos que ter a parceria entre empresários do setor e o governo porque, juntos, temos maior poder de decisão e de realização”, comenta Sampaio.

A desvalorização do real frente ao dólar tem sido um fator decisivo para reverter essa situação. Segundo informações do Ministério do Turismo, com base em dados divulgados pelo Banco Central em julho, a entrada de capital estrangeiro no Brasil registrou crescimento de 7% nos seis primeiros meses de 2016. O gasto dos turistas internacionais alcançou a marca de US$ 3,16 bilhões este ano, quanto no mesmo período de 2015, a receita foi de US$ 2,94 bilhões.

Enquanto isso, os gastos dos brasileiros no exterior continuam em queda, apesar de ainda serem altos. Entre janeiro e junho, os brasileiros gastaram US$ 6,53 bilhões em viagens ao exterior (ante US$ 9,94 bilhões em igual período do ano passado). Esse é o menor valor gasto no primeiro semestre desde 2009, segundo o BC.

Bandeiras do setor

O presidente da FBHA ressalta que as principais bandeiras defendidas pela FBHA para o setor podem atrair cada vez mais estrangeiros para o Brasil, e, de quebra, fortalecer o turismo interno, como a regulamentação dos hotéis-cassinos e o fortalecimento da Embratur como agência de fomento como acontece hoje com a Agência Brasileira de Promoção de exportações e investimentos (Apex-Brasil). A ideia da mudança no modelo de financiamento do órgão é para que haja maior divulgação do Brasil no exterior, buscando atrair mais turistas estrangeiros.

Além disso, a possibilidade de estender a isenção de vistos pós-Jogos Olímpicos e Paralímpicos, com a inclusão da China na lista dos países beneficiados, é outro ponto considerado primordial para Sampaio. “Queremos ampliar o escopo com a inclusão da China e discutir a possibilidade de a isenção ser um grande legado dos Jogos para o turismo, não terminando em setembro, mas sim continuando depois”, afirma Alexandre Sampaio.

Atualmente, Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão foram contemplados com a isenção do visto de turismo, por meio da Portaria Conjunta nº 216, por serem importantes emissores de turistas, demonstrarem interesse em visitar o Brasil e terem forte tradição olímpica. A dispensa vale até 18 de setembro.

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