FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO

Hotelaria: oneração da folha de pagamentos aumentará o desemprego no setor

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FBHA sugere alternativa para recuperar o caixa do governo sem prejudicar as empresas: legalizar os hotéis-cassinos, que têm potencial para injetar R$ 15 bilhões por ano na economia, entre receitas, salários e impostos

Mais de 40 mil empresas de cerca de 50 setores da economia serão prejudicadas pela decisão do Governo Federal de onerar a folha de pagamentos – a hotelaria, um dos setores abrangidos pela medida, deverá demitir pessoal e eliminar postos de trabalho. O setor já vem sofrendo o baque das quedas nas taxas de ocupação, não terá como absorver a elevação, para 20%, do percentual sobre o faturamento que é destinado à Previdência Social.

De acordo com o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, a medida não só será um retrocesso para a economia do país como também representará o aumento da já elevada taxa de desemprego brasileira. “Na prática, a oneração da folha de pagamento significa mais um obstáculo na recuperação do desenvolvimento econômico”, afirma. Para o empresário, o caminho para fechar as contas do governo é promover corte de gastos e enxugamento das estruturas públicas, não aumentar a carga tributária. “A decisão do governo contraria o princípio que norteou a concessão do benefício da desoneração. Ou seja, demos um passo para a frente e, agora, dois para trás”, argumenta.

Uma das bandeiras da FBHA para o ano possui alto poder gerador de receitas para o País e de arrecadação para o governo – e depende apenas de aprovação do Congresso Nacional para entrarem em vigor: a legalização dos hotéis-cassinos, que tem potencial para injetar cerca de R$ 15 bilhões por ano na economia, entre receitas, salários e impostos, e, ainda, de gerar cerca de 400 mil postos de trabalho.

Somente em impostos, o governo arrecadaria R$ 29 bilhões apenas nos três primeiros anos após a liberação dos estabelecimentos. Além disso, os hotéis-cassinos trariam um incremento de mais de 200% no potencial turístico das cidades, puxando a movimentação de outros setores produtivos, o que, naturalmente, também elevaria a arrecadação fiscal, e atraindo a chegada de investimentos internacionais, fator que também geraria receita para os cofres públicos.

O turismo emprega mais de 3,2 milhões de pessoas e é um setor fundamental para impulsionar a economia nacional.

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