FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO

Cruzeiros marítimos são tema de seminário na CNC

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Evento foi promovido pelo Ministério do Turismo e pela Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos

Com o objetivo de debater o potencial e o desenvolvimento do setor de cruzeiros no Brasil, a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA Brasil), em parceria com o Ministério do Turismo (MTur), promoveu nesta quarta-feira (30) o seminário Cruzeiros Marítimos: O momento é esse. O evento foi realizado na sede das Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em Brasília, durante todo o dia.

Participaram do seminário diversas autoridades do setor do turismo, entre elas o ministro do Turismo, Marx Beltrão e o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz. O presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e do Conselho Empresarial de Turismo da CNC (Cetur-CNC), Alexandre Sampaio, foi um dos representantes do setor privado no evento.

Foram debatidos temas como a regulação do trabalho a bordo e o serviço de praticagem marítima, atividade baseada no conhecimento dos acidentes e pontos característicos em trechos da costa, baías, portos, estuários de rios, lagos, rios, terminais e canais onde há tráfego de navios.

Eleito pela segunda vez consecutiva pelo Fórum Econômico Mundial como o país com maiores atrativos turísticos em recursos naturais, de acordo com dados MTur, a avaliação é de que o Brasil ainda pode crescer muito nesse setor. “O turismo brasileiro pode gerar empregos rapidamente, basta que o governo saia à frente dos empresários”, afirmou o ministro do Turismo, Marx Beltrão, durante o encontro.

Segundo o ministro, mesmo em um cenário de retração, o setor de cruzeiros marítimos “contribuiu com R$ 1,911 bilhão na economia brasileira na temporada 2015/2016”. O ponto alto foi observado na temporada 2010/2011, quando 20 navios transportaram pela costa brasileira cerca de 800 mil turistas. Para a alta temporada de 2017/2018, que começa em novembro, são esperados sete navios que transportarão 400 mil passageiros.

Para o ministro, o desenvolvimento de rotas de cruzeiros marítimos é um passo para o crescimento do turismo no Brasil. De acordo com ele, o setor cresce em média cerca de 4% ao ano, sendo que a média de crescimento mundial chega a 40%. Atualmente, 80 navios estão sendo construídos no mundo. A China tem 60 navios que fazem cruzeiros; a Austrália tem 36, enquanto o Brasil tem apenas sete.

Durante o seminário foram discutidos os principais pontos para fazer o setor crescer. Temas como o visto eletrônico para os turistas, transporte, portos e aeroportos foram abordados. O visto eletrônico facilitará o processo burocrático para que os turistas façam cruzeiros pela costa brasileira. Países como Canadá, Estados Unidos, Japão, Austrália, Arábia Saudita e Catar já podem, a partir do próximo mês, conseguir seu visto eletrônico, segundo Marx Beltrão.

Em maio deste ano, foi regulamentada a Lei da Migração, que definiu que os marítimos dos navios que circulam pelo Brasil não precisarão mais de vistos para exercer a sua atividade. A demanda antiga deverá ser regulamentada em novembro e representará uma redução de até R$ 500 mil no custo de cada navio.

Para Alexandre Sampaio, o evento mostrou o compromisso do Ministério do Turismo com a recuperação do setor de cruzeiros no Brasil. “Os entraves estão sendo tratados com o Ministério dos Transportes no tocante ao acesso dos navios aos terminais de passageiros e calado de atracação, além de outros problemas para o segmento como questões trabalhistas das tripulações e os vistos de trabalho”, afirmou o presidente da FBHA, ressaltando que para a volta das embarcações aos níveis de anos atrás, é imprescindível que melhoremos o ambiente de negócios para atrair mais turistas estrangeiros e fazer brasileiros viajarem pelo país.

Pesquisa realizada pelo Instituto FSB Pesquisa entre 17 a 23 de março de 2017 mostrou que no Brasil 88,8% da população é favorável ao estímulo do estado para criação de portos com capacidade para chegada de cruzeiros marítimos. O litoral tem 7,4 mil km, com grande potencial no que diz respeito aos cruzeiros marítimos. Os dados são resultado de uma pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo, que ouviu duas mil pessoas em todo o Brasil.

As regiões Sul e Nordeste se destacam no apoio à iniciativa: 91,2% e 90,6% respectivamente. Não à toa, são as regiões com maior potencial para ampliar o número de destinos que recebem os grandes navios. No Sudeste, a medida é apoiada por 89%, enquanto nas regiões Norte e Centro-Oeste a aprovação fica na casa dos83,8%.

Foram ouvidas 2002 pessoas com mais de 16 anos em todas as regiões do país para avaliar a opinião da população brasileira acerca do turismo no Brasil, assim como observar quais são as vantagens e prejuízos, além de identificar oportunidades de promoção do turismo no país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

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